Microempreendedores driblam a crise econômica com ideias criativas

Segundo o jornal Folha de São Paulo, no último ano 600 mil novas pessoas deram início ao seu próprio negócio no Brasil, 20% de aumento num comparativo ao ano de 2019. O motivo desse fato ter ocorrido não é muito difícil de se compreender, desde o começo da pandemia, milhares de brasileiros perderam seus empregos, grandes negócios fecharam as portas definitivamente ou passaram a trabalhar com redução de funcionários devido as restrições de funcionamento do comércio para conter o contágio do COVID-19 no país.  Com o alto índice de desemprego, ex-funcionários passaram a se reinventar e usar da própria criatividade para se tornarem donos dos seus próprios negócios.

Buscar soluções criativas para executar seu próprio negócio é uma tarefa que parece simples, mas não é! Não é mesmo. Pensar em meios de empreender em um momento de pânico coletivo é um grande desafio, uma vez que a situação em si acaba se tornando um obstáculo para o combustível do pensamento criativo. Acontece que, além disso, com o enfrentamento das dificuldades financeiras, as pessoas precisaram se desdobrar e criar soluções inimagináveis para se sobressair dessa situação, como duas amigas moradoras da região de São Paulo, ambas com formação em arquitetura, passaram a produzir bolos contendo em sua embalagem um QR Code de direcionamento para festas virtuais através de aparelhos telefônicos, num momento onde a sociedade se encontrava isolada em casa.

A capacidade de adaptação do ser humano em transformar talentos em negócios ocorre muito antes da crise ocasionada pela pandemia, essas crises geram mudanças no reflexo de mercado mundial em decorrência à variados tipos de cenários, tornando-se pilares para novos comportamentos de consumo.

Como o exemplo das arquitetas que “largaram” a profissão e se descobriram em uma nova função que, possivelmente, jamais imaginariam atuar, milhares de outros brasileiros fizeram o mesmo. Atuações que anteriormente eram utilizadas para ganho de renda extra, como vendas pela internet de roupas, doces, salgados, pães, serviços como instalações, realização de traduções, social media, confecção, pet sitter, dentre os mais variados tipos de funções que vocês possam imaginar (ou não), passaram a se tornar RENDA FIXA.

Para se tornar empreendedor, você não precisa necessariamente sair do segmento que atua, existem inúmeras plataformas para prestadores de serviços dos mais diversos nichos. Uma delas é o GetNinjas , onde você consegue oferecer Jobs desde “marido de aluguel” até de designer gráfico, podendo fechar contratos até mesmo mensais, semestrais ou anuais com determinada companhia, onde você propõe suas próprias exigências, horários, prazos e entregas.

Outro ramo que se tornou popular com a pandemia foi o de confecção de máscaras de proteção, costureiras foram de pequenos estúdios no quintal de casa para grandes galpões com a grande procura dessas máscaras no mercado. Além de confeccionarem para o empreendedorismo individual, muitos profissionais da área passaram a trabalhar em parceria com grandes redes do mercado, e assim, decolando suas carreiras e lucros de uma maneira extremamente rápida. Isso sem contar aqueles que passaram a oferecer refeições de qualidade em aplicativos de delivery. Foi-se a época em que comida rápida era produzida exclusivamente por restaurantes, atualmente até o conceito culinário mudou, tempos sem visitar a casa de entes queridos nos traz aquela “saudadezinha” da comida da mãe, não é mesmo? E foi assim que recém desempregados passaram a ganhar dinheiro: Oferecendo comida caseira, com temperos que nos aproxima do nosso lugar de origem e daqueles que amamos.

Também tem quem se aproveitou do seu conhecimento em outros idiomas e passou a utilizar deste, não apenas para se sobressair em entrevistas de emprego, mas também para ensinar e ganhar dinheiro através de pessoas interessadas em aprender, e acredite, não faltam interessados. Sejam aulas presenciais, online ou whatever, sempre existirá alguém buscando pelo aprendizado, portanto, se saber hablar, já sabe, né?

Por fim, eu poderia passar horas redigindo esse texto e pontuando para vocês soluções encontradas por aí para driblar o monstro do desemprego, mas como já sugerido no título, é o momento de usar a criatividade e explorá-la. Amplie suas possibilidades, mesmo que não haja emprego no mercado, há muito trabalho. Considerar serviços pontuais, tais como oferecer consultoria ou ensinar algo que você saiba fazer é uma ótima alternativa para se manter ativo e conectado. Para empreender é de suma importância ter atitude, saber o que é útil naquele momento para quem está no outro lado de mesa, e o mais importante: CRIAR OPORTUNIDADES.

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